Quem Somos

O Meliponário Rei da Mandaçaia é um empreendimento familiar especializado na criação, conservação e manejo de Abelhas Nativas Sem Ferrão, com ocorrência natural no estado da Bahia, estamos a mais de 30 anos criando, multiplicando e contribuído para preservação destes pequenos magníficos animais.

O nosso empreendimento é cadastrado no IBAMA CTF: 1681253 e na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), e enquadrado na Lei Estadula: Nº 13.905 DE 29 DE JANEIRO DE 2018.

Aqui em nosso site é possível encontrar fotos da produção e muitas informações a cerca desta atividade, nosso meliponário principal está situado no Distrito de Hidrolândia - Uibaí e em Cruz das Almas no Recôncavo da Bahia.

Responsáveis Técnicos Eng. Agrônomos:

MSc. Márcio Pires de Oliveira /CREA:BA40051

Dra. Polyana Carneiro dos Santos

Email: meliponarioreidamandacaia@hotmail.com

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Instagran: https://www.instagram.com/reidamandacaia/?hl=pt-br

domingo, 15 de abril de 2012

Pedrinho mais um parceiro do Rei da Mandaçaia

Apesar da minha pouca idade, já crio abelhas sem ferrão a quase 22 anos, poderia ser a mais tempo se meu pai tivesse feito o que meu sócio Baden Bell de Cruz das Almas tem feito com seu filho Pedro Navarro (Pedrinho), que já tem contato coma as abelhas sociais sem ferrão com apenas um ano e meio de idade.
Para trabalhar com as abelhas sem ferrão não é necessário equipamento de proteção, e até uma criança como Pedrinho pode ser seu ajudante, como vocês poderão observar nas fotos e no vídeo, além de estar incentivando esta criança a ser uma protetora de nossas abelhas sem ferrão.
Este vídeo mostra Pedro Navarro (Pedrinho), filho do meu sócio Baden Bell e Gabriela Navarro de Cruz das Almas - Bahia, alimentando abelhas uruçú verdadeira. Com apenas um ano e meio, Pedro já mostra desenvoltura e nenhum medo das nossas abelhas, já pensou quando este chegar a idade de Paulo Nogueira Neto e com a experiência do Dr. Rogério Alves ! rsrsrs









Fotos: MárcioPires




segunda-feira, 9 de abril de 2012

Polinização de abelhas poderá agregar valor a propriedades rurais

Fepagro tem projeto de pesquisa sobre a polinização na canola
Fepagro tem projeto de pesquisa sobre a polinização na canola
O incentivo à polinização das abelhas por produtores rurais poderá passar a agregar valor econômico às propriedades, conforme modelo defendido pelas Organizações das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). As estratégias para valoração econômica da polinização na agricultura comercial foram debatidas em Brasília durante reunião de avaliação do projeto “Conservação e Manejo de Polinizadores para Agricultura Sustentável por meio de uma Abordagem Ecossistêmica”, promovido pela FAO e integrado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro). 
Durante o evento, também foram apresentados os resultados preliminares da pesquisa de monitoramento da polinização da canola, da qual faz parte a Fepagro, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) e a Universidade de Caxias do Sul (UCS). As primeiras conclusões da pesquisa, realizada em Guarani das Missões, apontam para uma relação estreita entre a produtividade da cultura da canola e a densidade de polinizadores nas propriedades. Esse resultado pode estar relacionado aos percentuais de fragmentos de matas nas propriedades rurais estudadas. 

O aumento do valor das propriedades rurais que incentivem a ação das abelhas, através de medidas práticas como, por exemplo, a manutenção de áreas de mata, foi tema de um workshop com especialistas da Argentina, da África do Sul, da França e do Reino Unido, além da representante da FAO, Nadine Azzu. “A ideia é estabelecer um valor financeiro para os serviços dos polinizadores (Serviços do Ecossistema) em culturas agrícolas”, explica Sídia Witter, pesquisadora da Fepagro que participou do encontro. 
Além da canola, alvo de pesquisa no Rio Grande do Sul, o projeto das Nações Unidas também engloba o estudo da polinização em outras seis culturas agrícolas no Brasil: algodão, caju, castanha, maçã, melão e tomate. O trabalho dos pesquisadores iniciou em dezembro de 2010, com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e posteriormente, sendo encampado pela FAO. Os resultados finais do projeto devem ser apresentados no final de 2012. A reunião em Brasília ocorreu entre os dias 27 e 30 de março, no Centro de Convenções Israel Pinheiro. 

Clarice Gontarski Speranza (MTb 7085) 
Divisão de Comunicação Social da Fepagro 
Foto: Fernando Dias

terça-feira, 3 de abril de 2012

Bahia sofre efeitos devastadores com seca mais longa dos últimos 30 anos

É com lagrimas nos olhos e muita tristeza que faço essa postagem, pois é muito difícil ver a sua região ser manchete do Jornal Nacional, o principal jornal televisivo do país.
Assunto: a seca, que já é a maior nos últimos 40 anos nesta região (na Bahia, a maior em 30 anos).
Irecê ocupa posição de status por ser a maior cidade da microrregião, tendo a maior população, e por ser a mais evoluída tecnologicamente.O município é famoso e reconhecido pelo grande potencial agrícola e agropecuário, tendo recebido o título de "Cidade do Feijão" pelas grandes safras colhidas aqui nas décadas de 1980 e 1990.
O município, em seus tempos áureos foi o primeiro produtor de feijão do nordeste, e o segundo do País.
A economia do município e região é baseada na produção agrícola de policultura, dando-se destaque além da produção de mamona e feijão, à produção de cebola, tomate, beterraba, cenoura, pinha (que também tem grande destaque na região); baseia-se também a economia na pecuária e no comércio local, que há muito se desvinculou da produção agrícola, tornando-se logo auto-suficiente.
Seu comércio é destaque no cenário estadual, a cidade é o centro da região com muitas lojas de todos os segmentos e grupos empresariais.
Está passando a ser conhecida também como polo de vestuário, onde muitos comerciantes locais passaram a se tornar atacadistas e varejistas, alavancando assim a economia do município.. A microrregião de Irecê é composta por 19 municípios, segundo o IBGE: América Dourada, Barra do Mendes,Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Irecê,Itaguaçu da Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Dutra,São Gabriel, Souto Soares e Uibaí.
Pois é coisa aqui na Bahia princialmente no sertão não vão boas para nossos irmãos agricultores, aqui em algumas cidades não chove a meses, isso se 150mm de chuva desde outubro de 2011 até agora pode ser chamado de chuva, a coisa não vai bem nem mesmo para as abelhas, como vocês poderão ver no final do vídeo pegando água no chafariz!
No final colocarei algumas fotos do desespero das Apis a procura de alimento, já nem estou podendo mexer em minhas abelhas para evitar pilhagem pelas Apis.

Reportagem do site G1,

 
Um drama atinge milhões de brasileiros e produz efeitos devastadores na economia e na vida das famílias, principalmente das regiões mais pobres. Moradores da Bahia estão sofrendo com a seca, considerada pelas autoridades a mais longa dos últimos 30 anos. A reportagem é de José Raimundo.
Nos pastos, pouca comida. O capim já secou. O gado está morrendo de fome. O jeito é carregar a palha do milho que o sol não deixou colher. É assim que o pecuarista João de Farias, de 94 anos, tenta salvar os bezerros.
“Se o gado enfraquecer e começar a cair, está morto", diz.
Na região de Irecê, a que mais produz feijão no Nordeste, as perdas na lavoura passam de 80%. Há escassez de água até no subsolo. Poços artesianos secaram. Os que ainda funcionam já dão sinais de que também estão se esgotando.
Para muitas comunidades do sertão da Bahia, o caminhão pipa é a única fonte. Quem recebe a água que ele traz tem a obrigação de dividir.
O trabalhador rural João Souza conta que cerca de 40 famílias, ou 130 pessoas, se abastecem em sua casa.
Barragem de Mirorós. Uma reserva que acumula 170 milhões de metros cúbicos de água. O lago se espalhava por 15 quilômetros. Encolheu tanto que não passa de três quilômetros.
Desde que foi inaugurada, há 28 anos, a barragem nunca esteve desse jeito. A água já desceu 33 metros. Está muito abaixo até do limite mínimo previsto na régua de medição. Hoje, o reservatório tem apenas 8% do volume normal. Se descer mais três metros, o abastecimento da região entra em colapso.
“Nós temos que ter agora essa prioridade para o abastecimento humano, sob pena de interrupção total do fornecimento em no máximo seis meses", alerta Raimundo Neto, gerente da Empresa de Água da Bahia.
São 14 cidades atendidas pela barragem. Na maioria dos povoados da área, água, só dois dias da semana. Um canal que abastece a produção irrigada logo vai secar. O fornecimento para os 220 lotes do projeto já foi cortado.
Os produtores colhem os últimos cachos das bananeiras que foram plantadas no ano passado. Os plantios mais novos não vão produzir.
“A gente está acostumado a plantar e colher. Agora, sem água não tem como colher", diz o agricultor Cláudio Pinheiro.
Dos 417 municípios da Bahia, 186 já decretaram estado de emergência. São mais de dois milhões de baianos sofrendo com a falta de chuva.

Situação das abelhas na região: 
Abelhas Arapua e Sanharol  coletando excrementos de cigarrinhas

 Abelhas ASF coletando excrementos de cigarrinhas em pés de amora


Desespero das Apis em busca de alimento

Apis pilhando enxames de Mandaçaia devido a escassez de floradas.

Disputa pelo alimento derramado.

Amontoado de abelhas brigando por alimento, situação muito triste de se ver, só mesmo Deus para nos ajudar.

Fotos situação das abelhas: Márcio Pires

sábado, 24 de março de 2012

Técnica produz abelhas rainhas da espécie jataí in vitro

 

Pesquisador observou condições naturais das colônias para reproduzí-las em laboratório

Na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, um estudo inédito sobre o comportamento das abelhas Tetragonisca angustula propiciou a reprodução in vitroda espécie a fim de multiplicar suas colônias.
Como explica o biólogo Mauro Prato, grande parte dos alimentos do tipo hortifruti que o homem consome vem de plantas polinizadas por abelhas. Assim, a manipulação das colônias pode ter grande influência para a produção de alimentos. 
A pesquisa Ocorrência natural de sexuados, produção in vitro de rainhas e multiplicação de colônias em Tetragonisca angustula (Hymenoptera, Apidae, Meliponini) foi dividida em três etapas: o monitoramento do que acontece dentro da colônia (para entender a reprodução natural das abelhas rainhas e com que frequência elas e os machos são produzidos); a produção in vitro das rainhas (possível por causa dessa observação prévia) e a multiplicação da colônia. A espécie utilizada, conhecida como jataí, é nativa do Brasil e não possui ferrão. Prato enfatiza que o estudo também pode servir para a maioria das outras abelhas do tipo. O orientador da pesquisa foi o professor Ademílson Espencer Egea Soares.
Observando a Tetragonisca angustula em condições naturais, o biólogo constatou que o que determina qual larva vai virar uma abelha rainha ou uma operária é a quantidade de alimento oferecido a ela. Algumas das células presentes nos favos são maiores do que as outras, e se uma célula é maior, vai receber mais alimento. Desta célula, emerge uma rainha. Nesta observação do processo natural, Prato coletou o alimento produzido pela própria colônia que seria utilizado para a produção da rainha, além de larvas em seu período inicial de desenvolvimento. Em laboratório, reproduziu artificialmente as células reais, com tamanho exatamente igual às encontradas na natureza, e ofereceu a elas o alimento retirado da natureza (55 microlitro de alimento para cada célula, também um número exatamente igual ao observado). Este processo, que ocorre dentro de uma estufa, é a produção in vitro de rainhas. “Fizemos em laboratório o que as operárias fazem dentro da colônia”, conta. Este processo aumenta o número de rainhas, que, na natureza é considerado baixo. “Mas não é que seja realmente baixo, é o suficiente para as abelhas se multiplicarem. Porém, para o produtor, em grande escala, esse número não é o suficiente, o que mostra a utilidade deste processo”, acrescenta o biólogo.

 
Produção in vitro de rainhas: larvas em desenvolvimento

Depois do nascimento das rainhas, é feita a multiplicação das colônias. O processo se dá por meio da retirada de material (como favos de cria, abelhas operárias jovens e alimentos) de um dos ninhos de um meliponário (o local aonde se criam as colônias). Foram formadas várias minicolônias e em cada uma introduziu-se uma rainha produzida em laboratório para ser fecundada por um macho. Por causa disso, o pesquisador também fez uma observação prévia da produção de machos para poder sincronizar a sua produção com a fecundação das abelhas. As minicolônias eram levadas para um ambiente externo para a fecundação com os machos e, ao fim desta etapa, o processo estava completo e a nova colônia estava formada.
Dificuldades
O processo descrito é um dos primeiros do tipo feito no País, e encontrou algumas dificuldades no começo de sua operação. Etapas como a transferência das larvas do ambiente natural para laboratório apresentaram obstáculos devido à grande mortalidade dessas larvas, que acabavam sendo feridas pelo estilete que conduzia o processo. Na outra transferência, que leva as minicolônias já prontas para o ambiente aberto, também houve muitas baixas. Fora isso, muitas das rainhas que saíram para o vôo nupcial (para serem fecundadas) não retornaram.
Houve também rejeição por parte das operárias em algumas rainhas. Pelo fato destas terem sido produzidas em laboratório, elas não possuíam o cheiro da colônia, o que fazia com que as operárias não as tratassem como rainhas, chegando a matá-las. Para contornar este processo, o pesquisador passou a manter a rainha presa dentro da colônia antes de liberá-la, para que pudesse se proteger das operárias e pegar o cheiro do ambiente.

Na foto, uma colônia grande e natural ao lado de duas mini colônias
Custo

A ferramenta desenvolvida pelo pesquisador é voltada ao produtor, que pode passar a oferecer muitas colônias para o serviço de polinização de algum cultivo. "A ocorrência de abelhas aumenta a qualidade e a eficiência da polinização, pode render frutos maiores, etc". O que poderia ser um problema é o custo da técnica, já que ela é experimental. Mas, segundo Prato, isso não é um motivo para preocupação. O pesquisador conta que a técnica em si é muito barata e não exige equipamentos sofisticados (o equipamento mais sofisticado utilizado foi a estufa, para manter as larvas em desenvolvimento), o que a torna acessível inclusive para o pequeno produtor.
O trabalho do biólogo recebeu o prêmio Prêmio Dow-USP de Inovação em Sustentabilidade, porque tem sua técnica apoiada nos quatro pilares da sustentabilidade: ecologia, já que os ninhos podem ser conseguidos na natureza sem causar impacto negativo na população selvagem e sem gerar resíduo poluente; sustentabilidade econômica, pela capacidade de gerar renda e independência econômica ao produtor; sustentabilidade social, pois pode ser praticada por grupos, como as cooperativas; e a sustentabilidade cultural, pois as abelhas são nativas, elas “são uma criação que faz parte da história das populações nativas da América do Sul e Central”, completa.
Mais informações: email mauro_prato@yahoo.com.br , com Mauro Prato 
FONTE
Agência USP de Notícias
Mariana Soares - Jornalista
Telefone: (11) 3091-4411 
E-mail: agenusp@usp.br



















quinta-feira, 15 de março de 2012

Governo vai investir R$ 4,5 milhões em produção de mel de abelhas nativas

Por Tatiana Campos,
Um produto valorizado, rentável, e que ao invés de destruir a floresta, preserva. É na produção de mel que o Governo do Estado vai investir R$ 4,5 milhões, em parceria com o Governo Federal, para oferecer mais uma alternativa de renda aos produtores familiares. Nesta quarta-feira, 14, o governador Tião Viana visitou um dos produtores que está apostando neste projeto, em Mâncio Lima.
Nesta quarta-feira, 14, o governador  Tião Viana visitou um dos produtores que está apostando neste projeto, em Mâncio Lima  (Sérgio Vale/Secom)
Nesta quarta-feira, 14, o governador Tião Viana visitou um dos produtores que está apostando neste projeto, em Mâncio Lima (Sérgio Vale/Secom)

“Eu trabalhava com o mel, mas era de uma forma mais rudimentar. Agora, com as orientações que eu tô recebendo, eu acredito que a produção vai melhorar, a técnica é melhor e o lucro será maior. É um negócio bom porque dá pra trabalhar junto com as outras atividades da propriedade”, disse o produtor Raimundo Alencar Moraes, que está com 10 caixinhas de produção de mel de abelhas sem ferrão.
O secretário de Pequenos Negócios, José Reis, explica que o Governo do Estado está investindo, em recursos próprios, R$ 1 milhão. E o que os demais investimentos serão executados através de parceria com o Governo Federal.
Um produto valorizado, rentável, e que ao invés de destruir a floresta, preserva. É na produção de mel que o Governo do Estado vai investir R$ 4,5 milhões, em parceria com o Governo Federal (Sérgio Vale/Secom) 
Um produto valorizado, rentável, e que ao invés de destruir a floresta, preserva. É na produção de mel que o Governo do Estado vai investir R$ 4,5 milhões, em parceria com o Governo Federal (Sérgio Vale/Secom)
“O governador Tião Viana decidiu que a produção é uma área prioritária do governo e melhorar a qualidade de vida e as condições de trabalho do produtor rural, com novas oportunidades de renda, é a nossa meta maior. O mel é um produto com preço garantido e que oferece um excelente retorno para o produtor”, complementou. Para o governador Tião Viana, além de melhorar a renda do produtor rural, a produção de mel contribui coma preservação da floresta através de polinização das espécies da flora.
Engioberto Flach, da Secretaria de Pequenos Negócios, profundo conhecedor da área, é um dos responsáveis pelo projeto. “Essa primeira etapa começou há seis meses e já vemos alguns resultados. É, com certeza absoluta, uma alternativa de renda viável. É a verdadeira atividade sustentável na nossa floresta” comentou. 
O governo está incentivando a produção de mel de abelhas com e sem ferrão. O preço do litro do mel chega a custar R$ 160 em São Paulo. “Em Rio Branco eu já vendi litros a R$ 100 e R$ 120. É um produto valorizado”, acrescentou Flach.

terça-feira, 13 de março de 2012

Abelhas são bioindicadoras de poluição no ambiente

 
Analise de elementos traço no pólen podem biomonitorar o ambiente
As abelhas são insetos sociais que contribuem para o ambiente por meio da polinização, ajudam na agricultura e, de quebra, ainda fornecem mel, geléia real, cera, própolis e pólen. Recentemente, uma pesquisa feita na Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" (ESALQ/USP) descobriu outro papel importante desse animal para a sociedade: são bioindicadoras de poluição ambiental.
O estudo, realizado pela bióloga Talita Antonia da Silveira, foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Entomologia, com o objetivo de verificar se o pólen apícola coletado por abelhas Apis Mellifera pode ser utilizado como bioindicador de poluição ambiental. Orientado pelo professor Luís Carlos Marchini, o trabalho foi realizado no apiário do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA), contendo na proximidade áreas agrícolas, industriais e urbana, com plantas ornamentais e frutíferas, em um fragmento de mata nativa.
Talita explica que as abelhas operárias realizam viagens exploratórias em áreas que cercam seu habitat, recolhendo o néctar, a água e o pólen das flores. Com isto, quase todos os setores ambientais - solo, vegetação, água e ar - são explorados. "Durante este processo, diversos microrganismos, produtos químicos e partículas suspensas no ar são interceptados pelas abelhas e podem ficar aderidos ao seu corpo ou ser ingeridos pelas mesmas", explica a pesquisadora.
Pautado neste fato, os produtos apícolas podem ser usados como bioindicadores para monitoramento de impacto ambiental causado por fatores biológicos, químicos e físico. "A analise de elementos traço no pólen podem biomonitorar o ambiente em questão. Esse monitoramento com produtos apícolas pode ser uma das formas de prevenir a contaminação ambiental", afirma.
Quanto aos resultados obtidos pelo estudo, Talita salienta que o armazenamento de mel e pólen, a postura da rainha e a ocupação dos favos estão sujeitos às variações sazonais, já que as características produtivas e reprodutivas de colônias de abelhas são influenciadas pelo clima e pela disponibilidade de alimento na região em que são criadas. "As abelhas utilizaram vegetação de diversos tipos presentes no ambiente, aproveitaram as plantas ruderais como fonte de coleta de pólen para manutenção de suas colônias e acrescentaram à sua dieta o pólen de outras plantas arbóreas, arbustivas e herbáceas, conforme o recurso tornou-se disponível na área", contou a pesquisadora. "Quanto à interferência do clima nos parâmetros físico-químicos, o estudo mostrou que as condições meteorológicas do ambiente influenciam a qualidade e a coleta do pólen", conclui.
Ana Carolina Miotto
Estagiária de Jornalismo 12/03/12

terça-feira, 6 de março de 2012

Abelhas nativas do Rio Grande do Sul aumentam produtividade de plantações de morango


Polinização pela abelha mirim reduz a quantidade de frutos deformados
Polinização pela abelha mirim reduz a quantidade de frutos deformados - Foto: Fernando Dias

Estudo integrado por pesquisadores da Fepagro apontou aumento da produtividade no cultivo de morangos com o auxílio da polinização por abelhas nativas do Rio Grande do Sul. A abelha utilizada (Plebeia nigriceps),popularmente conhecida como mirim, não possui ferrão e é originária do estado, ao contrário da abelha comum (Apis mellifera). O estudo foi publicado na edição mais recente da revista Pesquisa Agropecuária Brasileira, editada pela Embrapa.
A pesquisadora Sídia Witter, que participou do estudo, comenta que o trabalho é mais um exemplo da importância das abelhas para a agricultura familiar gaúcha. Os morangos foram plantados em estufas no período de agosto a novembro de 2007, na Estação Experimental da Fepagro Saúde Animal, em Eldorado do Sul. Além de Sídia, os pesquisadores da Fepagro Bernadete Radin e Bruno Brito Lisboa também integraram o trabalho, além de Juliane Galaschi Teixeira (USP), Betina Blochtein (PUCRS) e Vera Lúcia Imperatriz-Fonseca (USP).
O aumento da produtividade está relacionado à redução do percentual de frutos deformados (ver imagem abaixo), problema provocado pela autopolinização. A polinização cruzada (troca de pólen entre flores diferentes), produzida pela ação das abelhas, diminui a incidência de deformação nos morangos. O Rio Grande do Sul é um dos principais produtores de morango do país. O cultivo ocorre nos municípios do Vale do Rio Caí, Caxias do Sul e Farroupilha e região de Pelotas.
dsd
Além deste estudo, Sídia desenvolve uma série de pesquisas envolvendo a polinização por meio de espécies de abelhas nativas do Rio Grande do Sul, como opção ao uso da Apis mellifera. “A maior importância das abelhas não está na produção do mel, mas sim na polinização”, observa. “Muitas das espécies que estudamos já estão em extinção”. A pesquisadora da Fepagro integra um projeto financiado pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), através do Ministério do Meio Ambiente, para promover a conservação, a restauração e o uso sustentável da diversidade de polinizadores na agricultura e ecossistemas relacionados.

Clarice Gontarski Speranza (MTb 7085/90)
Divisão de Comunicação Social da Fepagro

segunda-feira, 5 de março de 2012

I CURSO de MELIPONICULTURA: manejo da Melipona mandacaia Smith

A meliponicultura é um componente muito importante para o desenvolvimento de sistemas agroecológicos de produção adaptados ao nosso sertão semiárido caatingueiro, voltado principalmente para a agricultura familiar. Não pode ser entendida como uma atividade isolada, mas integrada na diversidade de atividades de uma propriedade, de um agroecossistema, que inclui o aspecto ecológico, econômico, cultural, social e até político, porque antes das abelhas estamos nós, desfrutando e dominando essa natureza que nos foi dada.
Na semana passada nos dias 1, 2 e 3 de março de 2012, o IF Sertão Pernambucano, Campus Petrolina Zona Rural ofereceu o I Curso de Meliponicultura: manejo da Melipona mandacaia. Reuniram-se 24 meliponicultores iniciantes e veteranos (participantes vieram de Juazeiro, Curaçá, Remanso e Pilão Arcado na Bahia, Petrolina-PE além de Acauã-PI), estudantes e profissionais para uma capacitação de alto nível, que contou com os Professores: Rogério Marcos – IF Baiano, Márcio Pires – EBDA Canarana, Katia Siqueira – UNEB Juazeiro, Márcia Ribeiro – EMBRAPA Semiárido, Klefson Sena – Prefeitura de Petrolina e, Silver Jonas – IF Sertão-PE.
O curso também teve como objetivo aproximar criadores para a organização de uma rede de intercâmbio de experiências em agroecologia. 
Houve aulas teóricas e práticas tais como, transferência de caixas inadequadas para as caixas modelo IMPA, manejo alimentar e multiplicação de enxames. Os participantes ficaram muito empolgados e confiantes de ampliar seus resultados e seus criatórios, como pode ser observado nas fotos a seguir.
Dr. Rogério Marcos de Oliveira Alves deu um Show  na aula sobre comercialização dos produtos das Abelhas 
As metas da rede para os próximos 12 meses são: a) concluir a instalação de dois meliponários dentro do IF Sertão-PE, b) oferecer cursos aos estudantes e à comunidade externa, c) multiplicar e fornecer enxames para novos criadores, d) condução de pesquisas. Pensando mais alto, estaremos estimulando novos empreendedores familiares, induzindo esse novo mercado e produção em escala, o que permitirá voos mais altos. Esta atividade foi uma reprodução adaptada do curso que o Grupo INSECTA/UFRB promove todos os anos em Cruz das Almas-BA, e pretende ser realizado sempre a cada fevereiro. 
Maiores informações com o Prof. Silver Jonas: silver.jonas@ifsertao-pe.edu.br.

Fotos:Márcio Pires

sábado, 14 de janeiro de 2012

Abelha soldado é descoberta em população de abelhas sem ferrão jataí


A descoberta de uma casta morfológica de "soldados" em população de abelhas foi anunciada na edição desta semana (datada de 10/01/12) do Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS), um dos mais citados e prestigiados periódicos científicos do mundo. O artigo é de autoria de Cristiano Menezes, desde 2011 pesquisador daEmbrapa Amazônia Oriental (Belém/PA), e de colaboradores da Universidade de São Paulo (USP) e Universidade de Sussex, da Inglaterra.
É a primeira vez que uma abelha soldado é descrita. "Tem características físicas apropriadas à defesa do ninho. Já se conhecia casta morfológica para soldados entre insetos, mas apenas em algumas espécies de formigas e de cupins, em abelhas ainda não", contextualiza o pesquisador.
A descoberta ocorreu em 2009, em população de abelhas sem ferrão jataí, quando Menezes era doutorando da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) em Ribeirão Preto (SP) e durante uma das visitas ao Brasil de Francis Ratnieks, pesquisador daUniversidade de Sussex, em viagem então financiada pela Fapesp.
Menezes conta que o projeto inicial consistia em comparar as abelhas guardas que sobrevoam o ninho de jataís às que ficam paradas junto à entrada. Ao observar que as abelhas guardas eram maiores que as abelhas forrageiras (que saem do ninho para buscar alimento), ele passou a coletar e a medir abelhas de diferentes ninhos. "Verificamos - eu e Christoph Grüter, pós-doutorando do grupo da Universidade de Sussex - que estávamos à frente do primeiro caso de uma casta de soldados nas abelhas sociais", relata.
A análise estatística minuciosa e os experimentos realizados demonstraram que há uma casta de soldados nas abelhas jataís. Analisando os favos de cria, os autores verificaram que 1% das abelhas operárias produzidas na colônia são guardas. "O significado atribuído a esta casta de soldados foi a defesa contra a invasão do ninho por abelhas ladras do gênero Lestrimelitta, que, por não coletarem alimento nas flores, vivem do saque de alimento de outros ninhos", explica o pesquisador.
Os cientistas também concluíram que as abelhas guardas jataí são 30% mais pesadas do que as forrageiras e têm morfologia ligeiramente diferente, com pernas maiores e cabeça menor. "As guardas jataí ficam paradas sobre o tubo de entrada ou sobrevoando ao redor da colônia, onde promovem a defesa do ninho contra abelhas ladras (Lestrimelitta limao). Quanto maior é a abelha guarda, mais eficiente ela é na defesa da colônia", descreve Menezes.
Para o chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Claudio José Reis de Carvalho, o trabalho trata-se de um excelente resultado científico, referente a um dos eixos da missão da instituição de pesquisa que é o de gerar conhecimento sobre a biodiversidade e o capital natural da Amazônia visando seu posterior uso racional e/ou produção de serviços ambientais. 
"Quanto mais conhecermos sobre esses animais, mais perto estaremos de desenvolver tecnologias úteis à agricultura tais como a geração de insetos voltados à polinização de espécies de plantas nativas da Amazônia ou mesmo de alguma planta cultivada exótica que puder se beneficiar disso, a exemplo do que já ocorre em outros paises", avalia Carvalho. 
A ssista aos vídeos ilustrando a entrada da Jataí e os ataques da guarda.
http://www.youtube.com/watch?v=-KN371P7jps
http://www.youtube.com/watch?v=P6Q4LGVDgh8


FONTE:
Embrapa Amazônia Oriental
Izabel Drulla Brandão - Jornalista 

Telefone: (91) 3204-1200

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

NEM SÓ DE ABELHA VIVE O HOMEM!

Ações como essas não devem passar despercebidas, por isso resolvi postar em meu Site a atitude do meu amigo meliponicultor de Cuiabá, José Luiz da SilvaVieira que está de parabéns pela sua atitude e que o mundo seria bem melhor se existisse pessoas com esse nível de compreensão e respeito pela natureza.

Por José Luiz da Silva Vieira,

Gadú, o ouriço atropelado
Quando programamos uma viagem de carro, principalmente durante festas de final de ano visitando parentes distantes, sempre pensamos o melhor. Cuidamos das malas com carinho, da compra de presentes, levando na bagagem um pouco daquilo que temos onde moramos. Nessa atividade nem sempre nos preparamos ou pensamos no imprevisto, como um acidente, seja envolvendo nós mesmos ou terceiros. A imprudência ou negligência de alguns pode tornar nossa viagem realmente desastrosa e inesquecível.
Viajando pelo interior do Brasil, é notável o alto número de animais silvestres mortos pelas rodovias, alguns encontrados agonizando, atropelados pela pressa dos motoristas e a não observação das poucas placas de sinalização (quando existem) indicando “diminua a velocidade, passagem de animais silvestres”.
Esquecemo-nos que esses animais, principalmente tamanduás e tatús, macacos e quatís, além de siriemas e periquitos, estão no seu habitat – o bicho homem quem é o intruso nessas regiões cortadas por estradas e rodovias.
Em minha recente viagem, iniciada bem cedo, por volta de 5h30min da quinta-feira, 29 de dezembro de 2011 – durou umas 18h percorrendo cerca de 1.200 km entre Cuiabá – capital do Mato Grosso, até Ituverava, no interior de São Paulo, tive mais uma experiência inesquecível envolvendo o resgate de um ouriço atropelado.
Num trecho da rodovia federal BR-364, altura da serra de São Vicente, distante uns 60 km de Cuiabá, próximo da saída de uma curva no meu sentido de direção, vi no acostamento contrário um bicho parado, que no momento não identifiquei. Na possibilidade de ser um animal silvestre atropelado, logo à frente estacionei meu carro no acostamento asfáltico, liguei a luzes intermitentes, local de intenso tráfego de carros e caminhões, e fui até ele.
Uma cena triste. Constatei tratar-se de um ouriço adulto (Coendou prehensilis), também conhecido como porco-espinho ou luis caixeiro. O pobre animal estava sem reação para locomover-se, com um grande rasgo no rabo, deixando à vista a musculatura que envolve as vértebras, além de uma fratura exposta na ponta.
De sua boca escorria uma baba sanguinolenta. No lado direito de sua cara, uma hiperemia afetando inclusive a região do olho além de um corte no couro um pouco acima, na cabeça. Parte de seus pelos modificados em espinhos, na região dorsal estava arrancada.
As grandes vibrissas do lado direito também tinham sido “raladas” no acidente, além de um corte na narina direita. Sem contar que sua pata direita também estava com um ferimento superficial leve.
Nunca tive contato com um animal assim, e com os tantos “espinhos” que cobrem seu corpo fiquei olhando-o e pensando no que fazer.
Sempre que um veículo em alta velocidade passava, jogava um lufada de vento e o pobre animal encolhia-se, sei lá se por medo ou dor do ar passando em suas feridas expostas.
Corri do outro lado, pegando um pedaço de galho seco que encontrei, para, no mínimo, arrastá-lo para dentro do capim e mata junto do acostamento, assim evitaria que fosse esmagado por outros veículos, tal a proximidade que estava da pista.
O medo dos espinhos e sem saber onde manipular o animal, levou-me a pegar esse pedaço de pau para empurrá-lo para dentro do mato.
Mas observando os ferimentos expostos, lembrei-me que acabaria tendo morte lenta e dolorida, com ataque de moscas varejeiras, sem contar eventual chuva que tem caido na região.
Entre deixá-lo abandonado a própria sorte, tomei uma decisão rápida e sem pensar muito se seria ferido por seus espinhos, peguei na cauda onde não havia ferimento e ergui-o para levar para o carro.
Nesse momento, apesar de todos os ferimentos que apresentava, notei que o seu cérebro estava intacto, já que ele esboçou reação de defesa, como que querendo caminhar com as patinhas no ar… para mim um bom sinal.
Começou minha angústia para o socorro.
Voltar para Cuiabá, local mais próximo para os primeiros socorros não estava nos meus planos, pois isto atrasaria consideravelmente minha viagem e horário de chegada em Ituverava. Segui em frente.
Ainda assim, no caminho tentei algumas soluções de encaminhar o ouriço ferido para o hospital veterinário da UFMT em Cuiabá e não consegui.
Dificuldades existem, e num momento de parada na estrada para ver se ele continuava vivo (e estava!), num momento de reflexão fiquei olhando a longa estrada que me levava a um destino, e foi como se visualisasse uma passagem entre duas colunas (os acostamentos laterais) que me permitiam a segurança do prosseguir viagem com o bichinho ferido acomodado no porta-malas.
Emocionei-me pensando que em momento assim, filhos de viúvas também estariam passando por alguma situação. Ergui minha mão à testa encarando aquela rodovia que parecia interminável e senti que as forças do bem que emanam do Universo estariam conosco.
Na passagem por Alto Araguaia, ainda no Mato Grosso, já divisa com Goiás, parei numa farmácia e comprei soro fisiologico e rifocina. Banhei os ferimentos com o soro e em seguida borrifei rifocina. O animal tinha ajeitado-se sobre a mala de viagem e assim ficou durante todo o percurso, às vezes mudava a posição.
Cheguei em Ituverava bem tarde, por volta de 23h. Pelo adiantado da hora não haveria como buscar socorro.
Bem cedo, na sexta-feira, 30 de dezembro de 2011, apesar dos ferimentos o ouriço continuava vivo, pessoas indicaram-me uma clínica veterinária, chamada “Arca de Noé”. A moça que limpava o local logo chamou uma das proprietárias, médica veterinária que na realidade estava em sua folga e reside na casa ao lado, veio atender-me com a netinha no colo.
Essa pessoa, profissional médica veterinária competente e maravilhosa como ser humano chama-se Marly Cristina Wanderley. Uma das professoras do curso de Veterinária da FAFRAN em Ituverava – SP.
Sem titubear disse que o animal seria atendido sim, e que a medica veterinária do plantão do dia, Juliana Maria Avanci Agostinho, iria atender o animal.
Como ela chegaria às 09 horas, foi o tempo que tive para correr no comércio e comprar uma gaiola para colocar o ouriço, pois não poderia ficar dentro do porta-malas do carro ou solto depois. 
Quando voltei na clinica, já havia toda uma equipe de profissionais à postos para atender, não só os outros animais domésticos que chegavam (a clínica Arca de Noé é bem conceituada na cidade), mas principalmente o ouriço atropelado.
Diz as técnicas de tratamento desse animal, que para facilitar procedimentos cirúrgicos conforme a região afetada e administrar-se medicamentos injetáveis, como anestesia, por exemplo, deve-se induzí-lo a entrar num tubo de PVC.
Como é extremamente raro o atendimento de animais silvestres em clínicas veterinárias, mais adaptadas ao atendimento de cães, gatos e outros animais domésticos, não tinham o tubo de PVC, que providenciei, indo numa casa de material de construção.
Recomenda-se tubos de 100 mm. Pelo tamanho avantajado do ouriço que socorri, comprei um pedaço do tubo de 150 mm.
Com a ajuda dos estagiários do curso de Veterinária da Fafran – Marlon Martins Ferreira, Juliana Pistore Ragazzi, Jessika Duque Rodrigues e Camila Maria Gorricho, acabamos conseguindo que o animal, segurando um pedaço de pau, entrasse dentro do tubo.
Isso facilitou a sua pesagem, para calcular a dose de anestésico que lhe foi aplicada, para a cirurgia que se seguiu, procedida pela médica veterinária Juliana, com auxilio dos estagiários, principalmente na assepsia dos ferimentos e limpeza de pelos (seria tricotomia?) para facilitar a sutura. Aplicaram-lhe soro para reidratação.
A Dra. Marly logo apareceu para ajudar no serviço cirúrgico e o resultado foi um bom trabalho da equipe!
Ao final, perguntei-lhes o valor das despesas médicas, de medicamentos etc. Não cobraram nada!
Foi uma cortesia da Clinica Veterinária Arca de Noé. Mas fiz questão de dar-lhes uma gratificação pelo menos para cobrir custos com material e medicamentos usados durante os procedimentos cirúrgicos.
Num momento assim nos emocionamos porque constatamos que ainda existem pessoas de bem que fazem a diferença!
Presto aqui meus sinceros agradecimentos e homenagens a todos os profissionais de veterinária (incluindo os estagiários) da Clínica Arca de Noé, de propriedade da sra. Marisa Izilda Pires, em sociedade com o médico veterinário Cleber Jacob S. de Paula e Marly, pelo carinho sincero e envolvimento profissional de excelência, que demonstraram quando atenderam o pobre animal silvestre que lhes apresentei de supresa pedindo socorro.
Muito obrigado mesmo e um beijo fraterno no coração de cada um de vocês!
Que o Grande Arquiteto do Universo triplique o seu sucesso e que continuem nesse carinho e despreendimento no exercício vocacional maravilhoso da medicina veterinária!
O depois do atendimento
Durante a avaliação geral feita pela equipe da clínica, constatou-se que era um ouriço macho, de quem retiraram três carrapatos. Foi liberado após o tratamento cirúrgico que envolveu praticamente toda a manhã da sexta-feira.
Passaram-me os cuidados que deveria praticar nos ferimentos, envolvendo limpeza inicial com soro fisiologico, depois borrifando nas regiões laterais aos ferimentos um produto larvicida e repelente prevenindo eventual miíase, e no ferimento suturado em si, rifocina.
Como a especie possui por si mesma um mecanismo metabólico antibiótico de defesa, evitou-se administrar medicamento antibiótico veterinário ou de linha humana.
Foi-lhe administrado a cada 24 horas e durante 3 dias, apenas um comprimido de medicamento veterinário anti-inflamatório com princípio ativo de Meloxicam 0,5 mg.
Nas região direita bastante afetada, altura do olho, tem sido borrifado Terracam com vitamina A, spray – esse medicamento objetiva tratar da infecção ocular em razão do ferimento.
Como naturalmente damos um nome a um animal de estimação, decidi “batizar” o ouriço com um nome pouco comum, “GADÚ”.
Gadú voltou da anestesia por volta de 23h do dia 30/12/2011, na noite do dia em que foi submetido ao atendimento médico veterinário pela manhã.
Apresentou boas reações posteriores, urinando muito; fezes consistentes normais, no formato ovalado típico da espécie.
Na manhã do dia 31/12/2011, usando de uma seringa grande, de 20 ml, dei-lhe água de coco com 1 ml de Potenay Gold B12 diluido.
Percebi que aceitou bem e além da sede, demonstrava fome. Sua boa recuperação ficou comprovada nisso, além do que já ficava sentado, erguido, posição também comum na espécie, agitando as vibrissas como que procurando por mais alimento.
Tratando-se de animal roedor, aparentado das pacas, preás, portanto com alimentação voltada a grãos e cereais diversos, preconiza a literatura especializada que seja alimentado com ração daquelas vendidas em pet-shops para animais roedores como hamsters e congêneres, cheguei a colocar em sua diminuta boca (dotada de dentões parecidos com aqueles de castor) praticamente escondida na parte inferior um grão recém colhido de girassol em casca.
Ele até iniciou movimentos horizontais do maxilar para mastigar, mas talvez, devido ao traumatismo e dor em razão dos ferimentos na cara, desistiu.
Fiz um mingau de fubá mole na base de água e fubá fino (mimoso) de milho, esperei esfriar.
Dai enchi um copo plástico desses de requeijão, com o mingau de fubá, mais uma colher das de chá de açúcar cristal, uma pitada de sal e uma colher das de sopa de leite em pó integral, mais 1 ml de Potenay Gold B12 (complexo vitamínico liquido de farmácia veterinária). Descobri nessa fórmula uma ótima aceitação pelo animal.
Para administrar o alimento, coloco o bico duro da seringa no canto lateral de sua boca e vou pressionando vagarosamente o embolo. Ele é paciencioso, e apesar de pastosa bem líquida, mastiga enquanto engole.
Mantenho dentro da gaiola onde ele fica, uma cabeça de girassol cheia de sementes que colhi pelas rodovias.
Isso é necessário para que ele mesmo descubra o momento de alimentar-se por si só.
Ele tem também, à disposição – cachos de sorgo e milheto.
Entendo que não podemos forçar um animal convalescente a comer alguma coisa, até porque não estamos no seu corpo para sentir efetivamente suas dores.
O fornecimento de alimentação pastosa (mingau de fubá enriquecido com vitaminas) será dado enquanto houver aceitação e ele não estiver roendo grãos de cereais por conta própria.
Gadú, esse ouriço de sorte, no quarto dia de recuperação, demonstra ser guloso (como come!) – teve na sua dieta alimentar, ainda na base de mingau de fubá conforme descrito acima, o acréscimo do complexo vitamínico em pó, Aminomix pet, na base de uma colher rasa das de chá, uma vez por dia.
Tem sido alimentado com mingau três vezes ao dia (de manhã, ao meio-dia e no anoitecer).
Para sua reidratação, no lugar da água pura, tenho administrado-lhe água de coco e eventualmente suco de melancia, exatamente para sua melhor e mais rápida recuperação, pois sabemos que a água de coco supre o soro fisiologico e o suco de melancia atua como fonte de energia além da própria água em si.
O acréscimo de leite em pó (uma colher das de sopa cheia, para cada copo de mingau), proporciona uma maior palatabilidade no alimento.
Apesar do meu conhecimento leigo, pois não sou formado em biologia ou veterinária, esse leite em pó destina-se a fornecer ao bicho uma maior fonte de cálcio.
Entendo que diferente de outras espécies, como ele possui pelos modificados em milhares de espinhos, na formação dessa queratina, haveria uma necessidade maior de cálcio.
Quebrando uma crença ou mito
Por desconhecimento da cultura popular, existe uma crença envolvendo o ouriço, de que este “lança espinhos” quando importunado por outros animais ou pelo bicho homem.
Trata-se de um mito que deve ser colocado por terra.
Por uma razão óbvia e simples, se assim fosse, ele teria que ter na mesma proporção milhares de minúsculas zarabatanas, além de um complexo emaranhado de tubos sob o couro, no fornecimento de ar em foles para assoprar tais espinhos nos seus agressores. E isso não existe nem nunca existiu!
Só rindo mesmo da ignorância popular que transforma um bicho num monstro.
O que acontece é que, no momento em que ele sente-se acuado ou agredido, eriça os pelos modificados em espinhos, que soltam-se facilmente uma vez pressionados e, pelo toque corporal do agressor, invadem tecidos moles espetando a pele/couro ou boca (principalmente cachorros), já que são pontiagudos e tão finos na ponta como uma agulha de costura.
Dai o registro de acidentes domésticos com cachorros nos entornos de áreas urbanas com matas, e principalmente em regiões rurais.
Essa estória, crença ou mito de que ele lança espinhos, talves tenha nascido em tempos idos, quando as pessoas, sem muito conhecimento, deparavam com o pobre animal sendo acuado por cachorros, e no medo natural da própria pessoa, enxergavam por si só e pavor, o coitado do ouriço “lançando” espinhos. Repito, isso não acontece, isso não ocorre, isso não existe! É lenda, fábula!
E falo com conhecimento de causa porque tive e estou tendo a oportunidade provisória de estar convivendo com um animal assim.
Tenho comprovado que o ouriço é um animal extremamente dócil, lento, calmo, não é agressivo, só caminha para a frente, não consegue andar “de ré”, permite seja acariciado pela pessoa à qual estiver acostumado, principalmente no sentido a favor dos “espinhos” na região dorsal, desde o focinho até o rabo.
Tem como característica anatômica, a presença de apenas quatro dedos, seja nas patas dianteiras ou traseiras, dotadas de unhas fortes, pontiagudas e compridas que auxiliam-no escalar árvores, assim como segurar objetos.
Nos testes de contato e reação, percebi que ele tem grande sensibilidade nas partes laterais da barriga, e quando tocado nessa região, mesmo por pessoa a quem estiver acostumado, ele eriça os pelos modificados.
Quando sente confiança, chega a querer subir no braço da pessoa. Isso aconteceu comigo, mas não permiti porque ainda não conheço a totalidade de suas reações como animal silvestre, nem saberia retirá-lo de meu braço depois – afora a possibilidade de ser espetado.
Em razão daqueles aspectos positivos do comportamento do ouriço, segundo literatura especializada, ele até poderia ser criado como bicho de estimação.
Não recomendo criação de animal silvestre em cativeiro, lugar de bicho do mato é no mato, em reservas legais ou parques ecológicos.

Conforme for a recuperação final de Gadú, proporcionarei sua volta às matas, mas em local distante de rodovias e canaviais ou lavouras de soja (a primeira porque poderá ser atropelado novamente, na segunda porque durante as queimadas dos canaviais poderá ser carbonizado e na terceira, porque será intoxicado com o elevado índice de defensivos agrícolas que aplicam nessas lavouras)
Talvez ele fique cego do olho direito. Enfim, dependendo de sequelas que tiver, solicitarei a Defensoria do Meio Ambiente, a sua guarda para cuidados enquanto viver.
Publicarei futuramente novas fotos em novo artigo de sua plena recuperação, quando estiver comendo grão de cereais por si só e todos os ferimentos cicatrizados.
Reitero meu emocionado e sincero agradecimento ao carinho e atenção diferenciada demonstrado no atendimento gratuito, feito pela equipe de profissionais da CLINICA VETERINÁRIA ARCA DE NOÉ, de Ituverava, Estado de São Paulo, localizada na Rua Uatapí, 319 – bairro Jardim Marajoara, CEP: 14500-000. Email de contato: clinicavetarcadenoe@hotmail.com (telefone: DDD-016 – 3839-0170)
Este artigo é dedicado aos amantes e defensores do Meio Ambiente, servindo como fonte de informações aos profissionais de Biologia e Veterinária envolvendo cuidados com animais silvestres da espécie ouriço.

Fotos e texto:José Luiz da Silva Vieira
Fonte bibliográfica: Tratado de Animais Selvagens – Medicina Veterinária, Cubas, Silva e Catão-Dias, 2006, Editora Roca.


segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Aumento das exportações amplia mercado do mel brasileiro

Brasília - A exportação de mel brasileiro aumentou quase 40% nos primeiros seis meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2010. Atividade ecologicamente correta, o Brasil ocupa o 11º lugar no ranking mundial de produção de mel e é o nono maior exportador. Os principais destinos são Estados Unidos e Alemanha. 
Entre janeiro e junho de 2011, as exportações brasileiras de mel alcançaram US$ 40 milhões, resultado quase 38% maior que o registrado no mesmo período do ano passado, quando foi contabilizado US$ 29,1 milhões. Em volume, foram comercializadas 12,3 mil toneladas em 2011, contra 10,1 mil toneladas em 2010. 
A Confederação Brasileira de Apicultura estima que há cerca de 350 mil apicultores no país, a maioria de agricultores familiares. Eles movimentam um mercado avaliado em US$ 360 milhões e que continua em expansão. O setor responde por 450 mil ocupações diretas no campo, com mão de obra predominantemente familiar, e gera outros 16 mil empregos diretos na indústria de processamento, máquinas, medicamentos e equipamentos. 
Para a coordenadora de Apicultura do Sebrae, Fátima Lamar, os números apresentados são conseqüência de permanente qualificação. Hoje a instituição tem 69 projetos de apicultura, que mobilizam 13,5 mil apicultores de 21 estados brasileiros. A melhoria de qualidade em toda a cadeia produtiva, observando-se regras estabelecidas pela Associação Nacional de Normas Técnicas (ABNT), com apoio do Sebrae, também ajudaram neste crescimento. 
O Piauí, que conquistou no primeiro semestre deste ano as duas primeiras Certificações de Comércio Justo de Mel no Brasil, é o líder das exportações brasileiras com 595 toneladas. São Paulo é o segundo colocado, com 479, e Rio Grande do Sul o terceiro, com 237 toneladas. 
A Central das Cooperativas Apícolas do Semiárido (Casa Apis), uma das entidades que recebeu a certificação, tem grande participação na conquista da liderança piauiense. A produção é fruto do trabalho de 1,5 mil apicultores associados de 34 municípios do estado. Para o diretor-geral da Casa Apis, Antônio Leopoldo, a conquista se deve à qualidade e à estabilidade na produção, decorrentes da qualificação profissional. Com apoio do Sebrae, a Casa Apis investiu na capacitação dos produtores com ações de tecnologia, mercado e certificação que foram fundamentais no processo.
Qualidade
Apesar de ter uma produção muito menor que os líderes do ranking nacional, os apicultores do Distrito Federal têm se destacado pela qualidade do mel. Os produtos que saem dos apiários locais -; mel, geleia real, pólen e própolis -; já ganharam sete prêmios da Confederação Brasileira de Apicultura (CBA). O mel ficou em primeiro lugar cinco vezes, inclusive em 2010, quando recebeu o Prêmio de Qualidade no X Congresso Ibero-latinoamericano de Apicultura. 
Os apicultores brasileiros agora têm o desafio de aumentar o consumo de mel no Brasil. De acordo com a Confederação Brasileira de Apicultura (CBA), a média de consumo por habitante no país é de 128 gramas por ano, enquanto que nos Estados Unidos e na Europa o consumo per capita gira em torno de 1,5 quilo. 
Para estimular o consumo interno, a CBA, em parceria com o Sebrae, lançou a campanha nacional Meu Dia Pede Mel, com duração de dois anos. A intenção é incentivar o consumo como alimento e não como medicamento. No primeiro ano, o objetivo é aumentar o consumo do mel em 10%, e no segundo, em 15%.

Foto: exame

Abelhas no agronegócio da manga no vale do São Francisco


Insetos, como abelhas e moscas, têm participação importante nas elevadas produtividades registradas na cultura da manga, no Pólo de Irrigação de Juazeiro-BA/Petrolina-PE. Voando de planta em planta, por quase todo o dia, eles realizam um serviço único e primordial: a intensa polinização das flores que vão evoluir para se transformarem em frutos. A quantidade e a qualidade deles nos pomares são influenciadas pelas atividades dos insetos. 02/02/09 - Dia de Campo na TV - 6:16

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

EYMBA ACUAY

EYMBA ACUAY
A serviço das abelhas nativas
Após 5 anos da última edição voltamos, e agora com o apoio de novos e velhos companheiros de luta, e serão muitos, por toda a Bahia. Esse número (40), dá início a nova fase, mais tecnológica, século 21, inclusive com Email próprio. a meliponicultura durante o período de diapausa do nosso periódico evoluiu, tanto que tornou-se a atividade desejada por todos, a única com identidade de origem. De norte a sul de nosso Estado observamos a atividade crescer através dos meliponicultores abnegados e também dos apicultores. E é por isso que voltamos, e agora mensal com informações e atendimento eletrônico para dirimir as dúvidas dos meliponicultores baianos. O Darwin dizia “não é o mais forte , nem o mais inteligente que que sobrevive, e sim o que melhor se adapta”, então nos adaptamos chegamos a época dos MAC, ipad, Iphone, mesmo o caipira lá do fundo do sertão, ou do cerrado, talvez da mata, ou então da serra, e quem sabe na restinga seguirá a máxima do Darwin e tentará nos contatar. A todos os admiradores, criadores, apaixonados, e mesmo aos que não conhecem ou gostam, estamos aqui. Entretanto solicitamos que todods colaborem enviando noticias.

Contatos: amebahia@hotmail.com / respostasabelha@gmail.com

terça-feira, 29 de novembro de 2011

SUCESSO TOTAL DO CURSO DE CAPACITAÇÃO EM MELIPONICULTURA DA UFRB CRUZ DAS ALMAS

Mais uma vez, foi sucesso total o curso de capacitação em meliponicultura promovido pelo Grupo de pesquisa INSECTA (http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhegrupo.jsp?grupo=I22A501RY8KT0A), durante três dias cerca de 40 técnicos, pesquisadores, estudantes e produtores puderam tirar suas duvidas e passar suas experiências.
Estão de parabéns todos os integrantes do grupo que participaram e organizaram este brilhante evento onde todas as classes, sejam produtores ou pesquisadores, foram contempladas.


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Este curso de criação de abelhas foi o de numero nove, para o próximo ano este evento terá duração de uma semana em comemoração ao aniversario de vinte anos de criação do Grupo de Pesquisa Insecta e de dez anos de curso de criação de abelhas sem ferrão.Este curso teve a coordenação do professores: Dr. Carlos Alfredo Lopes de Carvalho(UFRB), Dra. Geni da Silva Sodré (UFRB) e o Dr. Rogério Marcos de Oliveira Alves (IFBaiano).
O Grupo de Pesquisa Insecta foi criado em 1992 por docentes e estudantes da então Escola de Agronomia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com a criação da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) em 2006, toda estrutura acadêmica e de pesquisa da Escola de Agronomia passou para o Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas da UFRB, inclusive o Grupo de Pesquisa Insecta. Com base física no campus de Cruz das Almas, Bahia, a estrutura do GP Insecta é constituída pelo Laboratório de Entomologia, o Núcleo de Estudo dos Insetos, a Área experimental de Entomológia e pelo Hymenoptário (Meliponário e Vespário). O GP Insecta é o responsável pelo Núcleo Insecta, criado em 2004 em parceria com pesquisadores de outras Instituições. As pesquisas realizadas pelo Grupo Insecta tem proporcionado um maior conhecimento sobre diversos aspectos dos insetos, principalmente os himenópteros sociais (vespas, abelhas e formigas) e coleópteros detritívoros (Scarabaeoidea) que ocorrem no Estado da Bahia - Brasil. Encontra-se em andamento diversos projetos de pesquisa, que além do conhecimento gerado, tem colaborado na formação de recursos humanos nos mais diferentes segmentos da academia e da sociedade. Além das publicações científicas, as atividades do grupo tem sido divulgadas para a comunidade acadêmica e o público em geral, por meio de seminários e palestras, nas quais são explicadas a importância dos insetos estudados para a agropecuária e outras áreas do conhecimento humano.

Fotos:Márcio Pires