Quem Somos

O Meliponário Rei da Mandaçaia é um empreendimento familiar especializado na criação, conservação e manejo de Abelhas Nativas Sem Ferrão, com ocorrência natural no estado da Bahia, estamos a mais de 30 anos criando, multiplicando e contribuído para preservação destes pequenos magníficos animais.

O nosso empreendimento é cadastrado no IBAMA CTF: 1681253 e na Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), e enquadrado na Lei Estadula: Nº 13.905 DE 29 DE JANEIRO DE 2018.

Aqui em nosso site é possível encontrar fotos da produção e muitas informações a cerca desta atividade, nosso meliponário principal está situado no Distrito de Hidrolândia - Uibaí e em Cruz das Almas no Recôncavo da Bahia.

Responsáveis Técnicos Eng. Agrônomos:

MSc. Márcio Pires de Oliveira /CREA:BA40051

Dra. Polyana Carneiro dos Santos

Email: meliponarioreidamandacaia@hotmail.com

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Instagran: https://www.instagram.com/reidamandacaia/?hl=pt-br

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O que é que o interior baiano tem?

Por José Luiz Vieira,


2400 km - foi essa distância aproximada que rodei com meu carro, desde Cuiabá, capital do Mato Grosso, até Canarana e Hidrolândia no interior da Bahia.
 Distrito de Hidrolândia, Uibaí-Bahia
Fotografia panorâmica Canarana-Bahia 
Objetivo: Visitar o Meliponário Rei da Mandaçaia e conhecer meu amigo até então virtual, Márcio Pires.
Apesar do cansaço dirigindo sozinho, o panorama de vegetação típica do semi-árido em muitos locais, a partir de Correntina, compensa qualquer esforço! Mais adiante, deixando para trás Santa Maria da Vitória e São Felix do Coribe, já na área próxima da grandiosa ponte sobre o Rio São Francisco em Bom Jesus da Lapa, surpreso deparei nas margens da rodovia, com imenso bananal a perder de vista, do Projeto Formoso, de ambos os lados da pista.
E divaguei: "Estranho, a dona Rede Globo e outros canais de TV quase sempre mostram miséria no nordeste como se esse fosse o denominador comum de toda região, e não é isso que vejo aqui nem na viagem que fiz anteriormente até o semi-árido da Paraíba..."
A partir de Ibotirama, peguei a BR que corta a Chapada Diamantina, com suas serras compondo um panorama majestoso - tantos grandes e pequenos detalhes compensam o esse desgaste físico.
Num e noutro ponto manchas de amarelo ouro das floradas dos ipês ou caraíbas. Deixando a região da Chapada, fui rumo ao sertão baiano!
Inesquecível acolhida tive em Canarana e Hidrolândia, na primeira, casa do João Neto, irmão de Márcio, e depois, em Hidrolândia, onde este mora com demais familiares... aliás, visita de vez em quando haja vista o curso de mestrado que faz em Cruz das Almas.
A atividade agrícola em Canarana é notável na produção de cebola, tomate, cenoura, dentre outros produtos relacionados a olericultura. Caminhões saem dali abastecidos rumo a grandes centros consumidores.

A beleza das abelhas indígenas da Bahia


Em Canarana, Márcio mantem diversas caixas de uruçú nordestina (M. scutellaris), rajadinha (M. asilvai), mandaçaia (M. q. anthidioides).
Já em Hidrolândia, caixas de Tubi (Scaptotrigona sp.) e mandacaia (M. mandacaia) - atenção é mandacaia mesmo, sem cedilha.
Márcio abriu diversas caixas para eu ver, e demonstrando idoneidade e respeito, na franqueza dizia "esta caixa não está boa e não vou lhe entregar coisa ruim" - quando um enxame, apesar de estabilizado, ainda estava desenvolvendo-se em razão de divisão mais recente.
Dificil não expressar encantamento com a beleza das Meliponas q. anthidioides e as Meliponas mandacaia, ambas com o abdomen preto, adornados com listas amarelas paralelas, na primeira entrecortado ao meio no seguimento, na segunda, listas contínuas paralelas.
Em Hidrolândia, pequeno distrito ao pé da serra, local muito bonito, aprendi um pouco mais sobre meliponicultura.
Márcio, didático e atencioso, num momento fez uma divisão para eu ver como era sua técnica, assim como o uso de alças que seriam de sobreninho, usadas como ninho também, portanto sem fundo fixo!

Explicou-me que procedendo dessa forma, facilita divisões futuras, sem ter que mexer manualmente nos discos de cria. Ao separar a alça superior (sobreninho) da alça ninho, já sai grudado naquela o numero de discos de cria ideal para formar um novo enxame. O resto do procedimento é o de praxe, deixando a nova caixa no local da antiga e esta, com a rainha, é colocada noutro ponto distante de onde estava. Resumo, suas caixas nunca tem a alça do ninho (rs!), são todas sobreninho. E perguntei, "Mas o furo de entrada aberto quando usamos ela como sobreninho mesmo?" -Elas simplesmente tampam, ou você tampa, ou elas usam as duas entradas até decidirem por si mesmas qual irão fechar... 
Valeu a aula, rápida e objetiva - vou usar o método praticado por ele. Simples e prático, sem muito contato manual com os discos de cria! Praticamene apenas o necessário para abrir o invólucro e visualizar a quantidade e qualidade dos discos, sem tocar neles, constatando a viabilidade da divisão ou não. 
De uma das caixas de mandacaia, ele coletou mel para que eu experimentasse! Desnecessário dizer, mas estava boooooom demais! Uma coisa é degustar mel comprado em garrafas, outra é tomar dele imediatamente após a coleta!

A visita a um criador de M. q. anthidioides em Canarana


Junto com João Neto, visitamos a casa do sr. Mariano, que não estava mas fomos atendidos por seu filho.
No amplo quintal nos fundos, sob o pé de tamarindo, diversas caixas compridas na horizontal (caixa baiana) com enxames super fortes de Mandaçaia. Márcio bateu numa delas - o que saiu de abelhas! A ponto do rapaz perguntar, se ele tinha batido em mais de uma caixa.

Deixando essa visita e procurando por mel de mandaçaia, descobrimos um senhor que tinha alguns litros pra venda, mas bem ao estilo rústico, sem coar...e com certeza, sem uso de seringas de sucção. Perito em méis, Márcio destampou as garrafas (tampa de sabugo de milho!) e apesar das impurezas, era mel puro. Fiquei com dois litros, dos 3 que tinha à venda. Já maturado, mantido fora de geladeira, mas em local fresco dentro da casa.
Interessante foi o aparte do meliponicultor das antigas, afirmou que tinha participado de um curso sobre o assunto envolvendo caixa racional INPA, mas "não gostei, prefiro assim, usando minhas caixas do jeito que sempre fiz".

As caixas dele são do modelo baiano. 


 
Momento da despedida

Boas recordações dessa viagem eu trouxe comigo para o Mato Grosso. O carinho da receptividade de todos os familiares de Márcio Pires e dele mesmo. De sua honestidade naquilo que vende e do compartilhar conhecimentos! Muito obrigado!

E também, a certeza de que meu país é rico em todas as regiões - antes de presumir ou prejulgar uma região geográfica nos seus aspectos socio-econômicos, primeiro tenho que me permitir conhecer pessoalmente, do contrário estarei formando uma opinião baseada em notícias da TV, nem sempre de acordo com a realidade.
O detalhe das casas de pedra na região rural dos familiares de Márcio, além do carinho do povo, da beleza das abelhas indígenas da Bahia, e do seu Pedro Vaqueiro, um sertanejo típico e orgulhoso de assim ser, trajado com roupas de couro, ficaram gravados para sempre no meu coração!"


Fotos: José Luiz

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PRODUÇÃO DE MEL TRANSFORMA VIDA DE AGRICULTORAS EM IRECÊ

A produção de mel, além de todos os benefícios que oferece à saúde e ao meio ambiente, está transformando a vida de mulheres que resolveram se dedicar à atividade na comunidade de Mocozeiro, em Irecê. Graças ao trabalho desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), através da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A (EBDA), a produção de mel tem significado a melhoria de vida de diversas famílias rurais, que têm no mel a sua fonte de renda extra.
Há cerca de dez anos, a apicultura era uma atividade pouco desenvolvida na região de Irecê, já que os agricultores familiares não apostavam na produção de mel como negócio em potencial. No entanto, com o desenvolvimento de novas tecnologias, a EBDA incentivou os agricultores do território a iniciarem a atividade sustentável, difundindo as tecnologias e proporcionando uma transformação na vida de diversas agricultoras que adotaram a apicultura.
No povoado de Mocozeiro, em Irecê, oito mulheres investiram na atividade e com a assistência das técnicas da EBDA, Marta Mendes e Maria José Oliveira, se organizaram e formaram a Associação dos Pequenos Produtores de Mocozeiro I (APAM). Atualmente, as agricultoras possuem 35 colmeias, de onde retiram a matéria-prima para produzir balas, bolos, geleias, sabonetes, shampoos, além do próprio mel in natura, que é vendido através da compra direta para prefeitura municipal e para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Cada litro de mel é vendido, em média, por 10 reais, e os produtos derivados são comercializados em feiras e eventos locais.
A agricultora Maria Nita de Jesus conta que a assistência da EBDA foi o que as motivou. “Foi a EBDA que deu pra gente as primeiras instruções, ensinou sobre o manejo e hoje ajuda na organização e produção. A gente não faria nada sem a ajuda da EBDA aqui”, afirma a agricultora. Para a apicultora Iraci Gomes, foi a persistência que fez a atividade dar certo. “Nós lutamos muito e a ajuda da EBDA nos motivou; hoje o dinheiro do mel é a solução na hora do aperto”, afirma Santos.
A técnica Marta Mendes, responsável por inserir a apicultura na comunidade, se reúne semanalmente com a associação, passa as instruções técnicas, ajuda na organização das planilhas de custos e faz capacitações com ajuda das técnicas sociais da empresa. “A apicultura é mais do que uma atividade financeira para as mulheres, é uma ocupação saudável e uma paixão”, afirma a técnica.

Renda extra que se tornou renda fixa

A agricultora Jandira de Figueiredo foi a primeira a investir na apicultura no povoado de Mocozeiro II. “As abelhas viviam invadindo a minha casa, então um dia a técnica Marta sugeriu que eu construísse uma colmeia e tentasse produzir mel: foi o início de uma transformação na vida da minha família”, conta, com muita emoção, a agricultora. Ela e a técnica relembram como capturaram as primeiras abelhas e como construíram as primeiras colmeias, uma história de superação que resultou em sucesso.
Segundo a agricultora, logo nas primeiras safras, quando tinha cerca de quatro colmeias, os resultados e os lucros já foram bons, o que a motivou a continuar. “Resolvi construir e comprar mais colmeias, sempre com a supervisão de Marta”, explica Figueiredo. “Nós fomos aprendendo e crescendo juntas, uma incentivando a outra”, conta a técnica da EBDA.
Com os lucros da produção de mel, Jandira reformou sua casa, pagou a faculdade da filha em Salvador, e aumentou sua autoestima. Além dela e do marido, que deixou a agricultura para se dedicar à produção de mel, dois ajudantes auxiliam no manejo das abelhas. Hoje, oito anos após ter iniciado a atividade, a agricultora tem cerca de 90 colmeias, de onde tira mais de duas toneladas de mel a cada safra. O produto é vendido em baldes de 23 kg, cada um sendo comercializado a cerca de 80/90 reais. “Faço tudo com o maior carinho, pois a apicultura foi a melhoria da minha vida e da minha família; devo tudo o que tenho hoje ao mel. A apicultura é minha independência”, conclui Jandira de Figueiredo.

Fonte: - Assimp/EBDA
Foto: google imagens



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Parceria Rei da Mandaçaia em Cruz das Almas

A muito tempo gostaria de montar um meliponário com Melipona scutellaris(uruçú verdadeira), porém sempre fiquei limitado ao fator climático já que todos os outros meliponários estão localizados nas Caatingas do Semiárido. Apesar de já criar uruçús em Feira de Santana, não tinham o mesmo desenvolvimento se comparado às criadas em sua região de ocorrência natural, aqui na Bahia (Mata Atlântica a e Chapada   Diamantina).
Quando cheguei em 2010 a Cruz das Almas, cidade situada no Recôncavo Baiano local perfeito para montar um meliponário com uruçús, tive a oportunidade de poder implantar o tão sonhado meliponário, porém por morar em um "apertamento" e estar sempre viajando não tinha como cuidar das abelhas. Foi aí que tive a ideia de fazer uma parceria com o meu amigo do mestrado Baden Bell, que inclusive trabalha com melhoramento genético da abelha Melipona quadrifasciata anthidioides, aía coisa deslanchou, pois além de criarmos com todas as técnicas também estamos fazendo o melhoramento genético dos nossos enxames,  selecionando-os com qualidades desejáveis para o produtor como tamanho de potes, diâmetro dos discos de cria, docilidade, comportamento higiênico etc. O nosso intuito é de produzir enxames com qualidade genética diferenciada para comercialização.
Hoje estamos, modéstia parte, com um belo meliponário implantado, rústico todavia com toda a técnica moderna de criação para fornecer a criadores um material genético sem igual.

Baden Bell a esquerda e eu durante um translado de uma uruçú com ótimas características produtivas
Rainha inspecionando o alimento aprovisionado, observe que ela está  marcada no tórax para facilitar a identificação e o controle da idade da mesma
 Rainha fisogástrica, observe  ovos em seu abdômen  






Fotos:Márcio Pires


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Na trilha das abelhas


Estudos indicam que uma grande parcela, possivelmente maior que 50% da polinização de árvores na Amazônia seria de responsabilidade das abelhas sem ferrão. Isso mostra que elas são um dos principais polinizadores das angiospermas [subdivisão do reino vegetal que compreende as ‘plantas superiores, explica Carla Sayuri Eto Farias, bolsista de iniciação científica do Museu Goeldi que, orientada pelo entomólogo Orlando Tobias Silveira, inventaria as abelhas da subtribo Meliponina.
Com tamanha capacidade, esses pequenos insetos se tornam um dos grandes responsáveis pelo equilíbrio e reprodução florestal na região. Além de desempenharem atividades de enorme interesse aos homens, a exemplo da produção de mel, cera, e própolis. Ainda assim, estudos faunísticos sobre os Meliponina ainda são escassos. Faltam inventários, não há chaves de identificação recentes para os dois gêneros mais importantes, Melipona e Trigona.
Movida por essas razões Sayuri Eto realiza, desde 2009, o trabalho “As abelhas sem ferrão de Belém e arredores (Hymenoptera: Apidae, Meliponina)”. A pesquisa faz coletas e identificação de abelhas pertencentes a esse grupo específico com o objetivo de dar subsídios para um futuro inventário (descrição detalhada da fauna de abelhas) desses insetos na região de Belém.
Abelhas, mas sem ferrão – Se Meliponina é um nome difícil para se imaginar o bicho, basta saber, então, que abelhas desse grupo são peculiarmente conhecidas por não terem ferrão. Sendo assim, seus mecanismos de defesa são outros: elas podem atacar em massa, emaranhando-se entre os cabelos ou entrando nas orelhas.
Para desenvolver o estudo, Carla selecionou três tipos de áreas na cidade de Belém (PA) e na região metropolitana: fragmentos de floresta, área agrícola e áreas de centro urbano. “Queríamos ver a ocorrência dessas abelhas nessas áreas e fazer um comparativo. E falar um pouco da adaptação dessas abelhas nos diferentes espaços. Aqui em Belém, não temos estudo sobre isso”, justifica a pesquisadora.
Áreas definidas, iscas eram postas para atração das abelhas, posteriormente capturadas em redes entomológicas. Em seguida se iniciava a fase de análise em laboratório. Para identificar as espécies, foram feitas comparações com as que já existem na Coleção Entomológica do Goeldi, bem como através de consultas à literatura especializada e a colegas de outras instituições.
Sayuri já identificou nove espécies, a partir da análise de 2.190 indivíduos que pertencem ao grupo Meliponina. O destaque ficou para abelhas do gêneroTrigona, encontradas nas três áreas, o que, possivelmente, indicaria uma maior tolerância ecológica das espécies. 
No decorrer de 2011, a pesquisa prossegue, mas desta vez em uma área preservada de Belém, o Parque Estadual do Utinga. Isso significa que há uma expectativa de aumentar o número de registros, uma vez que numa fauna local, na Amazônia, espera-se que haja, em números aproximados, entre 50 e 60 espécies diferentes.
Mel – Esse tipo de pesquisa, além de contribuir para o conhecimento mais aprofundado da fauna amazônica, também pode fornecer dados para a elaboração de planos de manejo das espécies. Os Meliponina “são muito importantes como produtores de mel. É um tipo de mel que é explorado tradicionalmente pelos habitantes da região e, mais recentemente, tem havido bastante estudo para tornar a criação possível em escala comercial”, pondera o entomólogo Orlando Tobias.
No entanto, se por um lado já existe toda uma tecnologia de produção, além do próprio hábito de consumo de mel das abelhas introduzidas do gênero Apis, ainda há pouca utilização do mel das abelhas nativas. Explorar essa nova possibilidade comercial é algo que ainda está em fase de estudo.
“O processo ainda é muito rústico. Em São João de Pirabas, perto de Salinas, há associações e cooperativas nas quais eles fazem o trabalho de manejo. Isso também tem a ver com a educação ambiental, porque os meleiros (como são chamadas as pessoas que extraem mel das árvores) acabam derrubando a árvore para tirar só aquele mel e pronto. Aí acaba com a colônia de abelhas. Hoje em dia, há pesquisadores da Embrapa que estão trabalhando para poder ensinar os modos de manejo, que não causem nenhum problema para as abelhas, nem para a natureza”, finaliza Sayuri.
Texto: Diego Santos

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

EBDA ESTIMULA PRODUÇÃO DE PRÓPOLIS VERMELHA NO SUL DA BAHIA



O Litoral Sul da Bahia possui uma extensa área de manguezais, e essa peculiaridade contribui para a exploração natural de um novo produto ligado à área apícola: a própolis vermelha. A substância é produzida pelas abelhas, principalmente, a partir da resina de uma planta muito comum nos mangues da região, a Dalbergia ecastophyllum, conhecida popularmente como rabo-de-bugio ou rabo-de-bugí. 
Ao analisar essa característica regional, aliada ao alto valor de mercado da própolis vermelha, - pode ser comercializada por até R$ 450, o quilo - e a pequena exploração do produto, na região, a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), por meio da Gerência Regional da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S.A. (EBDA) de Itabuna, começou, no ano passado, a incentivar os apicultores da região a trabalhar com esse produto, para aumentar a geração de renda familiar. 
O técnico da EBDA, do Escritório Local de Ilhéus, Welton Clarindo, vem buscando atualizações sobre técnicas e manejos para a alta produtividade, junto a apicultores que já trabalham com a própolis vermelha na região, desde 2007, e repassando-as para os iniciantes. “Essa produção não é bem difundida entre os apicultores daqui. Na nossa região, pode-se chegar a três vezes mais o volume produzido por colmeia de outros estados”, afirma Clarindo. 
Há quem pense que a planta, da qual é retirada a resina, só existe no estado de Alagoas, o que, segundo o técnico da EBDA, é um mito, pois pode ser encontrada desde o sul do Estado de São Paulo até o norte da Flórida, bem como em costas da África, porém, somente no Nordeste brasileiro ocorre a exsudação natural (sangramento natural) da resina. 
O produtor João Carlos de Souza, administrador da Fazenda São Jorge, na região de Maruí, no município de Una, é um dos apicultores que recebem assistência técnica da EBDA, para a produção da própolis vermelha. Ele acredita que a Bahia tem potencial para se tornar o maior Estado produtor de própolis vermelha, do Brasil, em um curto prazo de tempo. “Seguindo as orientações à risca, na execução das práticas, o resultado é a colheita certa”, diz o produtor, com otimismo. 
Em pelo menos seis municípios do litoral sul baiano conta-se com a presença de apicultores treinados e trabalhando com a própolis vermelha. De acordo com o técnico Clarindo, o grupo é formado por 21 produtores, sendo a produção estimada em torno de 20 kg/mês, uma quantidade ainda considerada pequena, se comparada a outros produtos apícolas da região. A maior parte da produção é vendida para uma empresa que exporta, principalmente, para o Japão. 
O biólogo e apicultor Jean Carvalho, do município de Canavieiras, é o pioneiro dessa produção, na região. Segundo ele, a própolis vermelha, do Sul da Bahia, faz sucesso no mercado por ter uma alta qualidade e ser produzida, sem interrupções, durante todo o ano. “O valor que eu arrecado, por ano, com a própolis vermelha é 10 ou 12 vezes superior à produção com mel”, diz, com entusiasmo, o produtor, que abandonou a produção de mel, e hoje só trabalha com a própolis vermelha. 
Benefícios 
Enquanto a própolis vermelha é utilizada pelas abelhas para selar as frestas das caixas e proteger as colmeias contra fungos e bactérias, o homem vem desenvolvendo pesquisas em dois sentidos: nos Estados Unidos, no tratamento dos sintomas neuro-vegetativos da Tensão Pré-Menstrual (TPM) e da Menopausa, e, no Japão, na minimização dos efeitos dos radicais livres. 
Devido a essa grande ação terapêutica, a própolis vermelha tem alto valor comercial, com uma diferença de preço, em relação à própolis comum, de até R$ 410,00. 
Fonte noticia: - Assimp/EBDA

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Para quem nunca viu uma revoada, aí vai uma de Uruçú!

Motivo e finalidade ainda não sabemos porém, quem tem a oportunidade de acompanhar o fenômeno da revoada garanto que nunca se esquecerá desse fenômeno que intriga criadores a pesquisadores, parece uma festa marcada com hora marcada de começo e fim, pois do mesmo jeito que surge a aglomeração de abelhas vindas de todas as colmeias para um baile dançante, elas se vão como num toque de recolher e retornam às suas colmeias depois do final festa.












Fotos: Márcio Pires

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Curso Internacional de Campo sobre Polinização

Curso Internacional de Campo sobre Polinização, uma atividade vinculada à Iniciativa Brasileira dos Polinizadores (IBP), o Programa Brasileiro para conservação e uso sustentável dos polinizadores. O curso é aberto à participação de profissionais e estudantes de Pós-Graduação em Biologia e áreas afins e visa formar recursos humanos de nível superior para a conservação e manejo de polinizadores. O curso é aberto a todas as pessoas interessadas no tema, mas será dada prioridade para biólogos para quem o curso proporcionará benefícios significativos as suas pesquisas e/ou ensino. Não é exigido conhecimento profundo sobre polinização. O Curso de Polinização será limitado a 25 participantes.
O curso de 2011 está sendo organizado pela Embrapa e Museu Goeldi. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi criada em 26 de abril de 1973, tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. A Embrapa Amazônia Oriental surgiu em 1939, como o Instituto Agronômico do Norte (IAN). Trata-se de uma das mais antigas instituições de pesquisa atuando na Amazônia, juntamente com o Museu Paraense Emilio Goeldi, Goeldi é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. Está localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, região amazônica. Desde sua fundação, em 1866, suas atividades concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. O curso terá apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Projeto GEF/FAO PolinizadoresFundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental (PPBio), International Union of Biological Sciences (IUBS), Canadian Pollination Initiative (NSERC-CANPOLIN) e agências brasileiras de fomento.
A primeira edição deste curso ocorreu no Mexico (1990) em co-participação da Universidade de Guelph e o Jardim Botânico, Estação de Biologia Chamela y Los Tuxtlas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Em 2001 o curso foi oferecido pela Universidade Nacional de Heredia, Costa Rica e pela Universidade de Saint Louis, Missouri Botanical Garden, Estados Unidos da América. A partir de 2003 o curso veio para o Brasil, sendo realizado no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Lençóis, Bahia (assim como as edições de 2005, 2007 e 2009), em Limoeiro do Norte, Ceará (2008) e no Parque Nacional de Aparados da Serra, Rio Grande do Sul (2010).
Esta edição ocorrerá numa estação de campo ímpar, a Estação Científica Ferreira Pena (http://www.museu-goeldi.br/ecfpn/), localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no coração da maior área de floresta tropical contínua do mundo, a magnífica Floresta Amazônica! Além da base científica oferecida pelo curso, os alunos terão a oportunidade de conhecer o modo de vida dos ribeirinhos, bem como a rica cultura da cidade de Belém do Pará, a Cidade das Mangueiras, e apreciar os incríveis rios Amazônicos enquanto viajam de barco para a estação de campo. 
O curso irá abordar desde questões relacionadas à evolução das interações entre plantas e animais à biologia da conservação. Nas aulas teóricas, serão tratados temas específicos e discutidas questões teóricas diversas em ecologia da polinização baseadas em publicações científicas clássicas e recentes. Nas atividades práticas serão realizados exercícios e demonstrações em campo e em laboratório assim como, a elaboração de mini-projetos, cujos resultados serão apresentados pelas equipes de participantes ao final da Oficina. Os dados obtidos durante as atividades de campo deverão ser convertidos em artigos e reunidos em uma publicação.
O curso é bilíngue, realizado na língua portuguesa e inglesa. Espera-se que pelo menos a metade dos alunos sejam estudantes de universidades brasileiras e/ou profissionais interessados no tema e a outra parte venha de universidades da Pan-Amazônia e América do Norte, o que proporcionará boas oportunidades de fazer novos amigos e troca de experiências culturais.

Conteúdo programático do curso
1. Aulas teóricas sobre os princípios da polinização:
• Adaptações das plantas e flores;
• Adaptações dos animais;
• Atrativos florais;
• Recompensas florais;
• Sistemas de incompatibilidade;
• Uso dos sentidos pelos animais;
• Comportamento dos visitantes nas flores;
• Ecologia evolutiva;
• Estrutura da comunidade de polinizadores;
• Conservação dos serviços de polinização;
• Polinização em agroecosistemas.
2. Práticas de laboratório e demonstrações:
• Métodos em biologia floral;
• Métodos em biologia da polinização;
• Identificação de abelhas.
3. Práticas de campo a serem desenvolvidas de acordo com a oferta de flores na flora local e agentes de polinização.
4. Apresentações dos projetos dos estudantes.

domingo, 17 de julho de 2011

Criação de abelhas silvestres (meliponicultura) protege colméias na natureza

Para evitar que árvores centenárias sejam abatidas criminosamente com machado ou motosserra para retirada de uma colméia de abelhas silvestres, está sendo estimulada a capacitação dos criadores a fim de preservar os ninhos remanescentes nas áreas de Mata Atlântica, especialmente nas encostas íngremes e às margens do rios de SC.
Para que as espécies de plantas ou animais não sejam alvo da cobiça humana, é necessário que seja desenvolvida a consciência de preservação, e isso é alcançado com a informação e capacitação dos envolvidos. Há também a necessidade de ampliar o numero de áreas protegidas e gerando a cultura dos povos margeantes para que ajudem na vigilância desse patrimônio natural evitando que saqueadores destruam espécies raras em troca de alguns trocados.
Atualmente as abelhas nativas da Mata Atlântica, ou sem ferrão, já contam com muitas pessoas que as defendem, criam racionalmente de forma a recuperar pelo menos um pouco do que já foi destruído, sendo que o comércio pode ser impulsionado como forma de evitar que as pessoas interessadas recorram a natureza, pela falta de opção em desenvolver a atividade.
Devido as modernas técnicas desenvolvidas em parcerias por institutos de pesquisa e criadores pelo país inteiro, as ASF já podem ser exploradas intensivamente para produção de mel, pólen, própolis e polinização, gerando renda complementar e desenvolvendo alternativa socioincluidora, fixação do homem ao campo, turismo ecológico, laborterapia, com promessas de ser uma atividade viável. Pelo menos para os criadores racionais que respeitam não somente o meio ambiente, mas também a potencialidade das colméias, pois dentre as espécies são regidas por regras peculiares.
A criação racional e o manejo técnico visam desestimular a captura em áreas protegidas de matas nativas sendo que a captura através de ninhos-iscas e multiplicação racional de ninhos pré-existentes são permitidos por lei.
Meleiros e mateiros, quando não capacitados, removem ninhos de cavidades naturais, na expectativa de usufruir do mel, descartando os enxames, ou para ganhar dinheiro, no entanto causam a supressão dessas abelhas nativas, exaurindo esses recursos para o futuro.
Para evitar o saque de colméias de abelhas silvestres fora de APP ou RPPN, se difunde as técnicas de divisão racional sem a derrubada das árvores, devendo permanecer no local de origem, parte do núcleo que dará origem a um novo enxame, dando continuidade a espécie, e propiciando que as pessoas possam ingressar na atividade.
Com essa técnica, ou com a técnica de captura apenas de campeiras, como descrito no livro A Jandaíra do Monsenhor Humberto Brunning, sendo que o tronco permanece intacto, e o cortiço não é violado, permitindo que enxames nessa condição possam contribuir perenemente com o avanço da meliponicultura.
A poucas décadas muitas espécie de ASF em SC estavam ameaçada de extinção, no entanto com o trabalho árduo de entidades, Universidades, Associações, ONG's e de criadores anônimos, atualmente a maioria delas, já se encontram em números estáveis, com fortes indícios de franca regeneração, sendo que já há muitos relatos de enxames racionais, enxamearem para matas, contribuindo assim a atividade formal para o retorno desses animais para a natureza, pois são criados livres, e podem optar por escolher qualquer local para nidificarem.
Para que o problema de destruição de vegetação nativa não perdure, o que era preocupante até se ter as técnicas adequadas de manejo, é necessário que as entidades oficias de pesquisa e extensão se engajem fortemente na formatação de cursos e na capacitação dos técnicos agrícolas, para que esses possam estar replicando os conhecimentos, junto ao homem que não tem acesso a essas informações, que infelizmente ainda são de difícil acesso a boa parte da população envolvida.
Ainda temos partes de matas preservadas e precisamos proteger a biodiversidade, para que possam garantir a nossa sobrevivência agora e no futuro.
O manejo racional das abelhas nativas é denominado de meliponicultura, pois são abelhas da família Apidae (pertencem a subfamília Meliponinae, que é dividida em Tribos Meliponinae (Meliponini, trigonini, etc...) e, gêneros (Melipona, Tetraganisca, etc...), sendo que em cada região ocorrem as espécies características (M. bicolor, T. angustula, plebéias, scaptotrigonas, etc...).
Sabe-se que a domesticação de plantas e animais, tem preservado esses seres da extinção, os quais prestam um serviço importante a manutenção da raça humana, no entanto a manipulação genética e o uso de pesticidas podem alterar as leis da natureza.
O Mel além de alimento é uma iguaria bastante antiga, e se espera que chegue não somente à mesa das pessoas mas também faça parte da merenda escolar e da dieta em academias, hospitais e clínicas de recuperação, pois alem de energético de fácil absorção, encerra em si a energia vital das plantas, levando o equilíbrio da natureza para o beneficio da nossa saúde.
Diferente da Apis mellifera scutellata, de origem africana, que denominamos de africanizada, que possuem em média mais de 50.000 indivíduos por colméias, as ASF possuem poucas centenas ou alguns milhares, sendo que por terem numero menor de indivíduos por colméia, há necessidade de que os criadores, tenham um numero maior de caixas, para poderem ter uma produção equivalente, o que ajuda a natureza a sua volta, devido ao serviço ambiental desenvolvido que é a polinização e a dispersão de sementes.
As ASF não causam problemas ou acidentes pois não possuem aguilhão, ou seja não tem ferrão.
Há muitas opções de explorar abelhas nativas em prol da natureza, mas a mais difundida é o diletantismo, hobie ou PET, pois as espécies sociais de ASF são de fácil manejo e a maioria delas se ambientam facilmente ao meio urbano ou próximo as residências rurais, o que é um fator importante para o envolvimento de mulheres e crianças na atividade, gerando inclusão social dos entes da família, especialmente em horários neutros, que estariam ociosos.
No Brasil não há produção comercial de mel de ASF em larga escala, pois faltam estímulos na formação de pasto melífero, subsídios para o aumento dos planteis, e a divulgação ao público consumidor.
A produção de mel com estas abelhas tem sido em pequena escala, mas é imperiosa a organização dos envolvidos em Associações ou cooperativas, para evitar que pessoas desqualificadas perambulem pelas ruas ofertando mel de abelha de ASF a preços módicos, sem respeito as exigências de higiene e procedência, o que macula gravemente a atividade.
Como argumento de que a produção em pequena escala ajudará na geração de renda de pequenos agricultores (agricultura familiar), tem sido a tônica de muitos projetos de meliponicultura do Brasil, dentre eles o INPA, AMavida, Iraquara, Sebrae, Emater, entre outros, considerando que a dificuldade em vender ao consumidor final é devido a falta de conhecimento do produto, sendo que é relativamente fácil contornar esse óbice, se houver uma produção regular, e o mel for inserido em programa alimentares, de forma a gerar a cultura e o conhecimento desses nobres produtos.
Há de se combater energicamente os méis falsificadores, tanto de Apis como de Nativas, pois isso tem desacreditado o produto o que dificulta a aceitação perante o público.
Devido ao pequeno volume produzido o mercado ainda é muito limitado, mas como as dificuldades de manejo já estão sendo resolvidas em breve, com o melhoramento da oferta de floradas, haverá uma maior democratização e acesso a esses produtos.
Acreditamos que via associativismo será fácil controlar a ganância individual de produtores que agiam isolados, pois em grupo com cursos de capacitação e a vigilância coletiva, se viabilizará o controle do processo, sendo que algumas espécies de ASF produzem méis que podem chegar a R$ 100,00 o quilo, mas é vendido em gramas, sendo que a maioria das espécies de abelha nativas, só toleram que seja retirado de cada vez, uma quantidade que não comprometa o consumo de mel do enxame, exigindo um manejo mais criterioso.
Como não há relato de doenças conhecidas em ASF, não se requer o uso de substancias químicas, o que poderia comprometer a qualidade do mel, que até então seria orgânico, agregando valor ao produto.
Segundo estudos científicos, para evitar ameaça às espécies nativas que se encontrem isoladas geograficamente de outras da mesma espécie, que sejam criadas numa mesma área de alcance de vôo, quantidades o suficiente para que não haja endogamia, viabilizando a variabilidade genética do plantel.
Isso não era preocupação para as ASF que habitam as nossas matas preservadas, pois a permuta gênica ocorre de forma natural. Mas pela situação vulnerável em que as matas se encontram hoje, formando ilhas distantes, favorecendo a endogamia de muitos animais, inclusive das ASF, que poderão desaparecer da natureza, a meliponicultura é uma solução para esse problema.
Nas Matas ocorrem uma interação muito forte entre plantas e animais. A dispersão das sementes e polinização da maioria das plantas são serviços realizados por animais (aves, mamíferos e insetos). Algumas espécies de abelhas silvestres são polinizadores específicos de certas árvores e o declínio ou extinção destes insetos representa a fim para estas árvores e conseqüentemente pode causar um colapso em todo o ecossistema, por isso que os governos e a população devem fomentar a meliponicultura.
EDITORIAL
Abena

Foto:Márcio Pires

domingo, 3 de julho de 2011

Caixas de Argila (Leo Pinho da Granja Pouso Alegre)


Por Leo Pinho granja Pouso alegre,

Após mais de dois meses pesquisando sobre o processo de fabricação de vasos e artesanato de argila para, em seguida, aprender a desenvolver caixas para as abelhas com esse material, consegui chegar a um projeto piloto.
A argila é um dos materiais mais abundantes no planeta. Foi por esse motivo que procurei estudar mais suas propriedades, já que a matéria-prima mais utilizada para fazer as caixas de abelhas — a madeira — está em escassez e, principalmente, são seres vivos que muitas vezes demoram décadas para chegar ao diâmetro ideal para corte. E para mim, cortar uma árvore dessas não é uma das minhas opções sustentáveis.
Segue abaixo algumas fotos da caixa de argila pronta, que será testada a partir de setembro, quando o tempo estará quente e as flores começam a aparecer para as abelhas.

Ninho:
Sobreninho:


Primeira melgueira:

Caixa Completa:
A caixa acima possui quatro compartimentos: (1) Ninho; (2) Sobreninho; (3) Melgueira A; (4) Melgueira B e a tampa.

Fiz 10 caixas com as medidas ideais para as Uruçus Nordestinas (Melipona scutellaris), baseado nas caixas modelo INPA. Explico: No modelo INPA as caixas para Scutellaris possuem as medidas: 20x20x10 cm (ninho e sobreninho) e 20x20x8 cm (melgueiras).
Como as caixas de argila são redondas, tive que calcular o volume em litros da caixa INPA para, em seguida, fazer a proporção exata para as caixas de barro. No caso das caixas INPA 20x20x10, a capacidade é de 4 litros no ninho e sobreninho e de 3,2 litros para as melgueiras.
A equação para o volume de cilindros é de V = Pi x R2 x h (Volume é igual a Pi vezes Raio ao quadrado vezes altura). Logo, V = 3,1415 x 11,5 ao quadrado x 11, logo V = 4,5 litros. Fiz um pouco maior já que nas minhas caixas horizontais o espaço interno é de 15x15x71 cm o que dá um volume interno total de 15,9 litros e as abelhas estão completando todo o espaço da caixa e a postura está muito grande.
O próximo passo será fazer caixas para as jataís e Uruçus de Chão. Mas antes, quero testar a eficácia dessas caixas quando chegar o verão.

Fotos: Leo Pinho

terça-feira, 28 de junho de 2011

O mais puro sabor das caatingas da Bahia

A falta de tempo me afastou um pouco das minhas meninas, porém aproveitei o São João para fazer uma revisão em meu plantel de mandaçaia (Melipona mandacaia Smith) Selecionadas e direcionadas  para produção de mel, esses enxames em questão não entram no programa de divisões e que não recebem alimentação artificial, são criadas em colmeias modelo Maria, muito usada por quem cria abelha com fins comerciais; sua particularidade é facilitar a colheita de mel sem prejudicar o ninho, tive tempo somente para colher o mel de 5 colmeias que que na media passou de 2 litros por colmeia em uma só coleta, e como sempre minhas fotos atestam o que estou falando! 
Obs: Interessados em adquirir o mais puro mel de mandaçaia da Caatinga, estou disponibilizando 20 garrafas de 500ml dessa preciosidade a 20 Reais + PAC.
Melgueiras de colmeias Maria abarrotadas de potes de mel, observem que a Melipona mandacaia Smith é uma abelha extremamente organizada e não coloca potes de pólen nas melgueira.
Cada melgueira dessas pode armazenar cerca 1, 2 litros de mel em cada uma das duas melgueiras.
Tenho enxames de Mandacaia que em condição de boa florada colhi 2,2 litros em meados de maio e 47 dia depois colhi mais 2 litros totalizando 4,2 litros, vale ressaltar que esses não recebem alimentação artificial porém também, não faço divisão e os enxames são sempre fortes. 
Observem que todos os potes estão cheios, umidade 27% (refratômetro) 
Mel envasado e rotulado com informações básicas; tipo de abelha, procedência, responsável técnico, endereço e  peso 

 Méis prontos para serem embalados
Méis embalados
Encomendas prontas para envio


Fotos: Márcio Pires

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Programa Cantos & Contos, Resgate e valorização da cultura paraibana e nordestina, TV Tambaú, João Pessoa, Paraíba


O Programa foi criado em 2003, na Paraíba, com o objetivo de resgatar a cultura do estado, proporcionando entretenimento e diversão através de atrações que cantam e encantam.
Nossa principal característica é resgatar o verdadeiro Forró Pé-de-Serra, nas mais diversas formas e estilos, levando até o telespectador um verdadeiro acervo de cantadores de viola, declamadores de poesias, emboladores de coco, cordelistas e repentistas.
A versatilidade com que é produzido tem proporcionado a possibilidade de criação de um público formador de opinião, voltado para a apreciação das artes e culturas populares de comprovada qualidade com apresentações de nomes regionais e nacionais, bem como, artistas locais, que ganham espaço na grande mídia para divulgar seu trabalho e expor sua arte.
A platéia tem entrada gratuita nas gravações, prestigiando nomes como: Santanna, Amazan, Flávio José, Ton Oliveira, Jorge de Altinho, Os Nonatos, Pinto do Acordeon, Maciel Melo, Clã Brasil, Jessier Quirino, Antônio Barros e Ceceú, Oliveira de Panelas, João Paraibano e Raimundo Caetano, Os Três do Nordeste, Daldete Bandeira, Iráh Caldeira, entre outros nomes já consagrados da música regional do Nordeste.

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